"MARIANA nos convida para uma interessante jornada, emprestando-nos “seu olhar” para mostrar,
através da narrativa de seus pensamentos, sentimentos e emoções, tudo que existe além das “DIS-HABILIDADES”.
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sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo - 2012 !


F E L I Z___2 0 1 2 !

Que 2012 seja um ano de ampliação da nossa consciência...
a inspirar um trabalho de formação clínica, capaz de nos
transformar em cuidadores da humanidade e do planeta!!!

Convidamos você a continuar acompanhando nosso
trabalho, neste novo ano que se inicia, com uma novidade:
as “Reuniões Clínicas”, aprimorando
o que já desenvolvíamos nos anos anteriores:
cursos, workshops, grupos de estudo e supervisão.

Fiquem atentos às nossas Newsletters a partir de 15 de janeiro...

Desejamos a todos, um ano especial e
repleto de realizações!


Dra. Suely Laitano Nassif e equipe
www.comentada.com
São Paulo-SP | Brasil

domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Natal - 2011!


FELIZ NATAL E ANO NOVO!

Desde o início da humanidade até o ponto em que nos encontramos hoje,
finalizando um ciclo que durou séculos e séculos, de experimentação de amor
e ausência de amor, muitos permanecem adormecidos, apegados ao sonho da
dualidade, enredados nas malhas da competição e do consumo desenfreado
de bens materiais.

Mas muitos mais estão despertando para a realidade de que somos seres
incrivelmente criativos e que, assim como criamos um mundo de dualidade,
baseado no medo, na manipulação e no poder de uns sobre outros, podemos
voltar a criar - através da nossa intenção pura - um mundo baseado no amor
e respeito mútuos, onde todos vivam em perfeita colaboração.

Desejamos um Natal harmonioso e um 2012 repleto de realizações!!!

Dra. Suely Laitano Nassif e equipe
www.comentada.com
São Paulo-SP | Brasil

sábado, 24 de dezembro de 2011

Encontro com o Papai Noel

Era Natal, Mariana tinha 4 anos e um só pensamento...
descobrir um modo de ver o Papai Noel colocar os presentes na árvore de Natal.

Passava os dias andando de lá pra cá...
com seus pezinhos pequenos pisando no assoalho encerado da casa,
subindo e descendo as escadas do quintal,
andando pelos caminhos de terra no meio das flores do jardim...
mesmo brincando, tinha sempre o mesmo pensamento:
Como poderia fazer para ver o Papai Noel?
Como fazer para saber como ele era?
Como fazer para saber antes de todos o que iria ganhar de Natal?

Mariana acompanhava o ritmo dos preparativos da festa com esse pensamento fixo, até que, em uma noite dessas, deitada na cama, fazendo de conta que já estava dormindo...
Teve uma idéia!!!

Ela pensou em colocar um fio quase invisível na frente da árvore.
O Papai Noel não perceberia, mas o fio denunciaria sua presença.
Mariana poderia realizar seu desejo: saber quem era o Papai Noel!!!
E ficou feliz com sua idéia!!!

Eis que surge uma dificuldade...
Que fio poderia ser? De pronto, uma idéia resolveu rápido o problema...
O carretel de linha branca, da cestinha de costura da mamãe!
Que idéia maravilhosa!!!

Mas logo surge outra dificuldade...
Como iria colocar esse fio? Pensou, pensou... e a idéia não vinha.
Onde prender o fio? Pensou, pensou...
tinha que prender uma ponta do fio em alguma coisa na mesa da ceia
e a outra ponta tinha que ficar segurando
para que o fio pudesse ficar esticado em linha reta na frente da árvore...
Ufa!!! Poderia funcionar...


Mas teria que cuidar para não perder o fio...
Logo pensou... é só enrolar o fio várias vezes na mãozinha...
Mariana ficou feliz com a idéia!!!

De repente, mais uma dificuldade... onde prender o fio na mesa?
Esta foi uma escolha difícil de tomar!!!
Se prendesse no pé da mesa??? Papai Noel poderia tropeçar.
Se prendesse na jarra de água??? Poderia derramar a água na toalha ou quebrar a jarra.
Se prendesse no prato??? Não tinha onde prender.
Se amarrasse nos garfos e facas??? Eram leves demais... e se caíssem iriam fazer barulho e acordar todo mundo.
E na perna do peru??? Também poderia não dar certo... se ele saísse da travessa poderia sujar a toalha .
Tinha que ser algo diferente...

Pensou... pensou...
Foi quando teve uma idéia.
Poderia prender o fio de linha branca no cabinho de uma cereja.
Que idéia maravilhosa!!!
Não causaria estrago. Não faria barulho.... e poderia segurar o fio.
Mariana ficou radiante com a idéia!!! Tinha resolvido todos os problemas.

Feliz, pode dormir, sonhando com sua invenção...
Enfim poderia ver o Papai Noel e o seu presente, antes de todo mundo, em segredo, só ela e o Papai Noel.
Que mágico!!!
Dormiu e sonhou com o encontro...
A idéia saiu da cabeça e nem precisou mais ser colocada em prática.

domingo, 20 de novembro de 2011

Paixão platônica em tempos de internet

Resenha sobre o livro: "Todo Mundo Namora, Menos Eu!" - Alex Cousseau - Edições SM
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Gregório é um menino de nove anos, protagonista de uma narrativa plena de humor e leveza. O garoto está apaixonado por Leonor, uma garota de vinte e dois anos que trabalha em uma loja de sapatos.
A história de Gregório começa quando seu pai lhe dá um par de tênis vermelhos vendidos por Leonor, sua musa inspiradora. A partir de então começam suas desventuras. O mundo à sua volta parece dar provas a todo o instante de que o amor é possível. Para os outros, é claro, menos para ele! Gregório vive uma paixão que o consome.

A história contada pelo escritor francês Alex Cousseau trata com delicadeza e competência de assuntos como solidão, amizade e relações entre pais e filhos.

A obra conta também com vinhetas e ilustrações muito divertidas, realizadas pela ilustradora Nathalie Choux. Vale registrar que o poeta Heitor Ferraz soube muito bem traduzir e manter o clima de humor desta deliciosa história.

Indicações:
"Todo Mundo Namora, Menos Eu!" é um livro indicado para alunos das duas últimas séries do ensino fundamental 1.

Ana Lúcia Brandão

Fonte:
Todo Mundo Namora, Menos Eu!
UOL Educação - Resenhas - 31/10/2007
http://educacao.uol.com.br/resenhas/ult4283u59.jhtm

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Ir para a página: Livros

domingo, 13 de novembro de 2011

Aprendizagem Significativa

A proposta acerca da aprendizagem significativa torna-se, então, um argumento plausível acerca da utilização da interdisciplinaridade em sala de aula com o fim de serem utilizados enquanto recurso metodológico de apoio ao processo de aprendizagem.


“uma aprendizagem deve ser significativa, isto é, deve ser algo significante,
pleno de sentido, experiencial, para a pessoa que aprende. [...]
Rogers caracterizou a aprendizagem significativa como auto-iniciada,
penetrante, avaliada pelo educando e marcada pelo desenvolvimento pessoal.”
(GOULART, 2000)

domingo, 6 de novembro de 2011

O poder da aprendizagem afetiva

Aprendizagem afetiva é um conceito inovador na educação, com base nas mais recentes pesquisas em neurociência afetiva, inteligência emocional e psicologia cognitiva.

Para a aprendizagem afetiva é mais importante:
- focar nos pontos fortes que fracos
- reconhecer os acertos que os erros
- fazer listas com as grandes coisas que fez até agora e com tudo o que falta
- mostrar no que se destaca, comemorar em grande estilo cada pequena conquista

"Você nasceu para trazer algo, para agregar valor a este mundo,
para justamente ser o melhor que pode ser.
Cada experiência que viveu, cada momento que superou
foram para prepará-lo precisamente para este momento.
Você é o criador de seu destino.
Ninguém pode dançar sua dança nem cantar sua canção,
ninguém pode escrever a sua história.
Quem você é, começa agora..."

"Se você sente uma voz interior dizendo
que a esta criança não se pode ensinar,
ensine-a, por favor,
ensine-a e essa voz se calará."
Mariana Anquin

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Conta-Reconta: "A menina que dormia em qualquer canto"

História Original: A menina que dormia em qualquer canto
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Conheço uma menina que dormia em qualquer lugar, desde que houvesse uma banheira.
Mal tinhamos chegado e a mãe perguntava: "- Tem banheira?"

Ouviu línguas diferentes, acordou em uma cama andante (tinha rodinhas e o irmão passeava com ela), passou por tantos lugares que ao acordar precisava pensar: "Aonde foi mesmo que eu dormi ontem à noite?"

Isso marcou tanto a minha vida que banheiras e brincadeiras se misturaram pela vida afora. E quando finalmente meus pais deixaram a vida nômade e fincaram raízes eu desatei a trocar os móveis do quarto de lugar como forma de manter a dinâmica da mudança, o que demorei anos a descobrir o por quê.
Assim, vira-e-mexe eu, já adolescente, acordava e precisava pensar aonde ficavam a porta e a janela.

Por Ana Lúcia Brandão

domingo, 8 de maio de 2011

MINHA ADORADA MÃEZINHA

Era uma semana antes do “Dia das Mães”.
Havia uma grande expectativa e muitos preparativos.

A professora pediu a todos que escrevessem uma carta para as mães. Todos deveriam escrever no caderno e depois copiar no papel almaço, com letra caprichada e decorar a folha para entregar o texto como presente.

Mariana estava no 4ª. ano primário.
Mariana estava apreensiva...
Como escrever uma carta?
Como escrever com letra caprichada?
Como preencher aquela folha de almaço tão grande!!!...

Olhando as colegas, foi percebendo como cada uma delas fazia.
Pensava, tristemente: “Era quase impossível escrever tantas frases.”
Assim começou muitas vezes... apagou outra tantas.
Pensava assustada, como fazer no grande dia, se não acabasse o trabalho.
Como não ter nada para entregar de presente para a sua mãe, tão querida!

Então, mais uma vez... concentrava-se no lápis e papel tentando construir as frases.
Era inútil!!!

Até que no seu “senta-levanta”... encontrou uma folha de almaço com muita coisa escrita de uma colega. Olhou bem o escrito e resolveu completar o que já estava feito.
Ufa! Enfim, tinha encontrado uma solução.
Agora tinha que caprichar na dedicatória... escreveu: “para minha adorada mãezinha”.
Pronto... ficou pronto!!!

Mas a professora, indiferente a todo seu esforço, não gostou da dedicatória ... pois adorar, só se adora a Deus.
Pediu que apagasse e escolhesse outro adjetivo... pois adorar só a Deus.
Mariana se recusou a apagar e sua carta foi para a diretoria.
Humilhada mais uma vez... mesmo tendo “caprichado” na letra, completado o texto... 
Agora, só por causa do adorada??? Não era possível!

Quando a mãe foi buscá-la... tiveram que ir falar com a diretora.
Elas queriam de qualquer forma que Mariana apagasse o “adorada”.
Mariana insistiu que não iria apagar... mesmo que pudesse ser expulsa da escola.
Ficou tremendo de medo... mas continuou insistindo.
Não apagou...
Tinha dado muito trabalho... não conseguiria escrever outra vez.

Assim, saiu da diretoria de mãos dadas com a mãe e com a sua carta dedicada a sua adorada mãezinha.

domingo, 17 de abril de 2011

Como surgiram os ovos de Páscoa?

O hábito de dar ovos vem da tradição pagã. A ideia de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data.

A tradição de presentear com ovos – de verdade mesmo – é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes da era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza – pêssankas – em celebração da chegada da primavera.

Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.

Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.

Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.

Os cristãos apropriaram-se da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus – o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorniz) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.

Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súbditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.

Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a ideia de fazer os ovos com chocolate – iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca.

A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.

Só em 1960, é que os ovos de chocolate passaram a ser industrializados.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

PROJETO DE LEI – DISLEXIA

Autor - Juscelino Gadelha - Vereador pela Câmara Municipal da Cidade de São Paulo - 2005


JUSTIFICATIVA
Consideramos que a atual gestão da Prefeitura de São Paulo tem um forte compromisso com a promoção da cidadania dos seus habitantes. A cidadania tem um significado especial quando pensamos nos portadores de DISLEXIA, que historicamente sofreram, e ainda sofrem, de diversas formas de exclusão social. A garantia dos direitos dos DISLÉXICOS, necessita ser definida por um conjunto de leis e regulamentações capaz de garantir as bases para a promoção da saúde dos portadores de DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM NA ÁREA DA LEITURA, ESCRITA E SOLETRAÇÃO, A DISLEXIA.


O poder público tem agora a responsabilidade de implantar, no âmbito do Sistema Único de Saúde, das Organizações Sociais e em cooperação com a Secretaria de EDUCAÇÃO um Programa de Atendimento aos alunos portadores desse distúrbio de aprendizagem específico. Por essa razão, sempre respeitando a complexidade da DISLEXIA e das formas de se lidar com ela, é preciso pensar em soluções que possam ser abrangentes e multiplicadas.


A maior parte dos alunos disléxicos sofre de uma dificuldade que ocorre no processo de leitura e escrita, tornando-se evidente na época da alfabetização. Como a dislexia independe de causas intelectuais, emocionais e culturais, a incorporação do cuidado ao disléxico deve ter caráter multidisciplinar. Somente uma equipe multidisciplinar poderá estabelecer um diagnóstico preciso. Sabe-se que é alta a incidência de crianças afetadas por esse distúrbio nas escolas., uma vez que aproximadamente 15% da população mundial é disléxica. Somente um Programa integrado e humanizado de atendimento ao disléxico pelas equipes da atenção básica tornará possível atender uma grande parcela dessa demanda.Por outro lado, é necessário desenvolver uma gama de serviços especializados adequada à complexidade dos transtornos mais graves.


Estudos demonstram que as limitações da linguagem escrita são notadas por uma discrepância entre a aquisição real e a esperada, derivadas de disfunções cerebrais manifestadas por perturbações na cognição.

Pretende-se com a presente proposta que as regiões da cidade com piores índices sócio-econômicos sejam priorizadas na implantação de serviços de saúde, obedecendo ao principio de equidade.


As áreas da saúde e educação têm como característica a multiplicidade, e mesmo o conflito, de perspectivas e propostas de abordagens. Isso é reflexo da riqueza do seu objeto de trabalho, a mente humana, e da intensidade de suas demandas. Assim, reducionismos teóricos e terapêuticos podem ser vistos como tentativas ilusórias de se negar essa complexidade.


Cada distrito de saúde faz um planejamento para a sua região baseado nos objetivos e metas do projeto inicial. A política do município visa não somente a organização dos serviços de atendimento para os portadores de dislexia, mas também estratégias de diagnóstico primário e secundário.


Consideramos, portanto, muito importante estimular o debate sobre política de atendimento ao aluno disléxico na cidade de São Paulo. Em relação ao diagnóstico, será necessário trabalhar em parceria com a Secretaria da Educação, capacitando profissionais, oferecendo informação, propiciando mudança de atitudes em relação ao problema e habilitando-os a agir com a população com a qual trabalham.


Nosso projeto de lei deve, nesse sentido, ser encaminhado para regulação, para que essa dificuldade específica de aprendizagem obtenha o devido amparo. Nossos estudos prevêem que devam ser realizados investimentos na formação de recursos humanos, sendo necessária a iniciação de um curso de extensão de 40 horas para 1000 profissionais da Secretaria Municipal da Saúde para melhora do tratamento dos alunos portadores de Dislexia regularmente matriculados em escolas públicas do Município de São Paulo, em emergências e realização de detecção precoce deste distúrbio nas escolas.


Sabemos que a conquista efetiva da cidadania pelos portadores de DISLEXIA não depende apenas de ações no âmbito da saúde. É preciso combater esse estigma que ainda atinge estes indivíduos e garantir o seu acesso às oportunidades, serviços e riquezas que a sociedade produz.


Com o presente projeto de Lei pretendemos que seja criado o Programa de Atendimento Integral e Humanizado aos alunos portadores de DISLEXIA, esperando que o atual Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, possa atacar esse “quadro de risco”, por meio de um trabalho seriamente coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde e implantado nas Unidades Escolares oficiais.


O PAAD, Programa de Atendimento ao Aluno Disléxico deverá ter uma visão humanizada, multidisciplinar, intersecretarial, devendo facilitar:
• a. o diagnóstico correto, no momento adequado;
• b. orientação sobre a reintegração do aluno;
• c. um enfoque biológico, sociológico, mas individualizado;
• d. avaliação periódica e troca de dados entre profissionais envolvidos na terapêutica;
• e. acesso a alternativas que combatam tais distúrbios;
• f. atendimento psicológico integral, incluindo testes visuomotores, neuropsicológicos e de personalidade.


Além disso, será necessário promover campanhas publicitárias institucionais, seminários, palestras e cursos teóricos e práticos sobre a dislexia. Quanto às Secretarias parceiras, poderão reunir-se trimestralmente para acompanhar e avaliar o desenvolvimento deste programa, propondo modificações e melhorias sempre que julgar necessário.


A Prefeitura Municipal preferencialmente selecionará os profissionais, entre aqueles que compõem seu quadro funcional, para a participação no referido Programa, os quais contarão com cursos e treinamentos para apreciação de diagnósticos e prescrição de terapias específicas.


O Poder Executivo terá ocasião de celebrar, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, parcerias, intercâmbios, e convênios com organizações sociais, empresas, laboratórios, universidades e órgãos governamentais estaduais ou federais, que procurem viabilizar a infra-estrutura necessária para a implantação do Programa de Atendimento Integral e Humanizado ao aluno disléxico, observadas as disposições legais pertinentes a cada instituto mencionado.


A parceria aludida visa possibilitar o uso de áreas, equipamentos, instalações, serviços e pessoal em forma complementar, sendo que o Programa ora instituído, bem como os endereços das unidades de atendimento deverão ser divulgados nos meios de comunicação de ampla difusão e circulação.


Caberá ao Poder Executivo, através de regulamentação, definir e editar normas complementares necessárias à execução desta Lei que deverá dispor sobre o serviço de atendimento de alunos regularmente matriculados em escolas públicas do sistema de ensino, no Município de São Paulo, portadores do distúrbio de aprendizagem denominado dislexia.


Para esta iniciativa estamos considerando o elevado número de alunos portadores de dislexia, regularmente matriculados em escolas públicas e privadas do Município de São Paulo, o que torna premente a regulamentação da atividade de diagnóstico e avaliação multidisciplinar destes alunos, além da necessidade de ações do Poder Público para garantir a qualificação profissional dos professores, a qualidade de ensino e a identificação dos distúrbios de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração, denominado dislexia, bem como propiciar atendimento no sistema municipal de saúde a estas crianças.

Para tanto, deverá ser levada em conta a necessidade de adequar o sistema de cooperação entre as secretarias de educação e saúde, de forma a estimular a regularização do atendimento eficiente aos alunos disléxicos.


O serviço poderá também ser prestado por organizações sociais abalizadas ou por pessoa jurídica, constituída sob a forma de sociedade, associação ou cooperativa, que preste esse serviço, desde que obtenha termo de credenciamento que a autorize após cumprimento das exigências e condições estabelecidas por lei.


Sugere-se que o Termo de Credenciamento seja renovado a cada 2 (dois) anos, mediante a apresentação de documentação comprobatória do atendimento dos requisitos estipulados em decreto e outros que poderão ser definidos pela Secretaria Municipal de Saúde.


Considerando a descentralização administrativa da cidade através da organização das Subprefeituras, a necessidade de promover uma maior interlocução entre as representações regionais, em prol de um atendimento de qualidade à comunidade, a importância de conhecer as diferentes demandas regionais educacionais, sociais e de saúde, de forma a desenvolver intersetorialmente, com a participação/mobilização da comunidade ações e políticas que atendam as necessidades locais, faz-se necessária a promulgação da presente proposta de Lei.


É mais do que urgente a necessidade de desenvolver, em conjunto, estratégias de orientação e estudo dos encaminhamentos para avaliação diagnóstica e atendimento nos serviços de educação, saúde e assistência social e também de se pensar conjuntamente ações voltadas à participação / inclusão das pessoas com deficiência / necessidades educacionais; organizar ações de formação para os profissionais da educação, saúde e assistência social envolvidos no atendimento de crianças com necessidades educacionais, especialmente as que se relacionam com diferenças determinadas ou não por deficiências, limitações, condições e / ou disfunções no processo de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração, como condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.


Vereador Juscelino Gadelha
Câmara Municipal de São Paulo - SP


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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O TREM


Na plataforma da estação
O povo se alvoroçava
Batia forte o coração
Do menino que esperava
Não tirava seu olhar
Da curva lá ao longe
De onde iria chegar
Aquele monstro gigante!
Era o trem a apitar
Pra avisar, estou chegando!
Lançava fogo e fumaça
Como que para assustar
O menino ainda criança
De bissaca ao ombro pendurada
Poucos cadernos amarrotados
No vagão em disparada
Entrava muito apressado
Seu olhar de ingenuidade
Ficava a observar
Tinha tanta curiosidade
Não ousava perguntar
No trajeto pra escola
Era uma festa pro olhar
A paisagem a desfilar
Pela pradaria afora
Depois de quase uma hora
E o lugarejo a avistar
O trem não parava de apitar
O menino já sabia; vou pular!
Na frente da estação, sobe toda a escadaria...
Pra traz fica a olhar
A fumaça da “Maria” que subia
E o trem sai devagar
Desaparece pelos campos
As criações a assustar
Vai levando tantos sonhos
Sem destino e sem lugar
O menino chega na escolinha
Vai os colegas encontrar
A escola é pobrezinha
Não tem banco pra sentar!
Depois de longa jornada
Pra casa ele volta a descansar
A espera de um novo dia
Pra aventura recomeçar.
(Pedro Quirino, 2003)




O trem como contexto multimodal:


O trem possibilita a visão do dentro e do fora em movimento, unindo sons, imagens, cheiros. É um lugar de devaneio, um ponto de transição entre um lugar e outro, entre maneiras de ser e de estar. No caso do menino, o trem era seu transporte para a escola, para um mundo de descobertas. Ao olhar a paisagem, ouvir o apito do trem, ver sua fumaça, observar os passageiros, os animais próximos à ferrovia, que ele chama de ‘criações’, já ia abrindo sua mente e seu coração para as descobertas que mais um dia na escola lhe traria. Era para ela uma festa! Mesmo sendo pobrezinha a escola, sem banco pra sentar, ela continha o que era necessário a ele – sua vida social, representada nos amigos; e todo o conhecimento que queria alcançar. O trem é, portanto, um lugar de estar para logo não estar, um lugar de trânsito, de onde se pode ver, ouvir, sentir, um pouco de cada coisa que a vida tem a oferecer, e cuja beleza depende muito de quem vê.


Renata Quirino de Sousa