"MARIANA nos convida para uma interessante jornada, emprestando-nos “seu olhar” para mostrar,
através da narrativa de seus pensamentos, sentimentos e emoções, tudo que existe além das “DIS-HABILIDADES”.
------------------------------------------------------------------

Pesquisar neste blog

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A fábula do porco-espinho...


Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História
O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Mensagem para o Dia das Crianças



Se as crianças vivem em meio a críticas,
aprenderão a condenar.
Se as crianças vivem em meio à hostilidade,
aprenderão a brigar.
Se as crianças vivem sendo ridicularizadas,
irão se tornar tímidas.
Se as crianças vivem com vergonha,
aprenderão o sentimento de culpa.
Se as crianças vivem onde há incentivo,
aprenderão a confiança.
Se as crianças vivem onde ocorre a tolerância,
aprenderão a paciência.
Se as crianças vivem onde há elogios,
aprenderão a apreciação.
Se as crianças vivem onde há aceitação,
aprenderão a amar.
Se as crianças vivem onde há aprovação,
aprenderão a gostar de si mesmos.
Se as crianças vivem onde há honestidade,
aprenderão a veracidade.
Se as crianças vivem com segurança,
aprenderão a crer em si mesmas e naqueles que as rodeiam.
Se as crianças vivem em um ambiente de amizade,
aprenderão que o mundo é um lugar bom para se viver.

Dorothy Law Nolte

Fonte: http://www.sonhosbr.com.br/sonhos/mensagens/dia-das-criancas/mensagem-para-o-dia-das-criancas-envie-para-seus-alunos.html

sábado, 12 de maio de 2012

A LIÇÃO DO FILHOTE DE CAMELO!!!

Certa mãe e um bebê camelos estavam descansando após uma farta refeição, num lindo dia ensolarado! De repente, o bebê camelo perguntou

- Mãe, mãe, posso te perguntar umas coisas?
- Claro! O que está incomodando o meu filhote?
- Por que os camelos têm corcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das corcovas para reservar água e tranportá-la e por isso mesmo somos conhecidos por sobreviver sem água muito tempo, não é demais!!!
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto. Sabe, com essas pernas eu posso me movimentar melhor pelo deserto
;
melhor do que qualquer um! - disse a mãe, toda orgulhosa.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto!
- respondeu a mãe com orgulho nos olhos e feliz com a curiosidade do filhote....

- Tá. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto.
Então o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico???!!!



Moral da história:
''Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se você estiver no lugar certo!''

segunda-feira, 19 de março de 2012

Conta-Reconta 2: "Meu guarda-chuva amarelo"

História Original: Meu guarda-chuva amarelo
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Eu tinha nove anos e as férias de verão prometiam ser cheias de companhia e aventura. Meu irmão levou um amigo e minha tia não deixou minha prima vir comigo. Fiquei chateada por estar solitária até que meu pai me apresentou à Estrela, uma égua não muito alta, nem muito nova, que papai me ensinou a cavalgar.

Ele sinalizou para mim noções iniciais - sobe por aqui e desce por ali, puxa rédea para esse lado, puxa rédea para aquele lado, fica com a espinha ereta e aperta as pernas no lombo da égua. Bate com a perna na barriga dela para ela caminhar. Faça um carinho na crina para ela se lembrar que você está no comando, mas a respeite.

Segui as dicas que mostraram-se preciosas.
Entabulamos uma amizade inesquecível.
Passeamos juntas e fizemos muita companhia, uma para a outra, nas montanhas e trilhas de Campos do Jordão. Os cascos da égua batendo com-pas-sa-da-mente no chão de terra batida. Pedregulhos aqui e ali, desvio de valas e passo de veludo ao passar nos mata-burros. O vento gelado com cheiro de pinha e terra molhada pelo orvalho ia cortando meu rosto, exalando uma enorme sensação de liberdade.

Foram dias em que a vida e a natureza sorriram à larga comigo no colo!
E meu pai observando tudo com um semblante de orgulho pela filhota corajosa que ele reconheceu naquele momento como sendo sua.


Por Ana Lúcia Brandão

segunda-feira, 12 de março de 2012

Três histórias sobre uma árvore que se caracteriza pela generosidade

Resenha sobre o livro: "A Semente que Veio da África" - Heloísa Pires Lima, George Geneka e Mário Lemos - Editora Salamandra
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O livro de literatura infantil "A Semente que Veio da África" parte de uma idéia muito original. Ele reúne três lendas sobre o baobá, advindas da Costa do Marfim, de Moçambique e da França.

O baobá é uma árvore que pode viver até seis mil anos. Além da longa vida, esta árvore se caracteriza pela abundância e pela generosidade. Suas sementes são castanhas comestíveis, que também são usadas para se fazer um tipo de bebida semelhante ao café. Com o óleo da castanha se faz sabão. A polpa de suas frutas tem vitamina C.
Ela também dá flores e uma sombra deliciosa. E quando morre, o baobá desaba sobre si mesmo, deixando uma montanha de fibras das quais se fazem cordas, tecidos, fios de instrumentos musicais e cestos.

A obra foi escrita a várias mãos e reúne um mito de origem, uma lenda e uma narrativa de Heloisa Pires Lima. Estas três abordagens poéticas dão uma dimensão da importância dessa árvore, não apenas na paisagem africana, mas também no imaginário de seu povo. Os textos vêm acompanhados de depoimentos pessoais dos autores, rememorando aspectos da infância e do convívio com o baobá.

Além disso, o leitor encontra uma série de fotografias desta árvore enorme e tão significativa para os africanos. "A Semente que veio da África" é um livro que exala a força da natureza com muita beleza poética. É uma ótima opção para ser trabalhada em sala de aula, tanto na área de ciências como por professores de português e de história.

Por Ana Lúcia Brandão

Fonte: A Semente que Veio da África
UOL Educação - Resenhas - 17/07/2007

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher - 2012


Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.

Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.

Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.

Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.

Pablo Neruda

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"A águia que não queria voar" de James Aggrey

"A águia que não queria voar" de James AggreyIlustrações: Wolf Erlbruch
Tradução: Sergio Tellaroli
São Paulo: Cia das Letrinhas, 2012
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Um homem foi pegar um pássaro na floresta e voltou com um filhote de águia. Abrigou o filhote em seu galinheiro, na companhia de galinhas, patos e perus. E alimentou o filhote com a mesma ração que dava às galinhas.

Cinco anos depois, esse homem recebeu a visita de um naturalista, "um dedicado estudioso da natureza". Ele logo observou a águia entre as galinhas e o homem lhe disse que o havia criado como uma galinha e portanto a águia agora era uma galinha. E isso apesar de suas asas abertas terem três metros de comprimento. Ao que respondeu o naturalista:"- Não é não - discordou o naturalista. - Ela continua sendo uma águia, porque seu coração é de águia. Por isso, um dia ela vai ganhar o céu e voar bem alto."

O homem discordou: " - Não, não - replicou o homem. - Ela se transformou numa galinha de verdade. Nunca mais vai voar." E os dois juntos resolveram fazer um teste. O naturalista pegou a ave e disse as palavras mágicas: "Tu és águia. Teu lugar é no céu, e não na terra. Abre as asas e voa! Só que o homem não contava com a : insistência do naturalista. No dia seguinte ele repetiu a frase: "Águia que és águia. Abre tuas asas e voa!


No outro dia o naturalista resolveu levar a águia para fora da cidade, afastando-se das casas em direção às montanhas. "O Sol nascia naquele momento, dourando o topo dos montes. E cada pico rebrilhava na alegria de uma manhã deslumbrante. O naturalista ergueu a águia e disse-lhe: - Águia, tu és águia. Teu lugar é no céu, e não aqui na terra. Abre as asas e voa! A águia olhou em torno e estremeceu, como se uma nova vida a invadisse, mas não voou.

Então o naturalista a fez encarar o sol de frente. Majestosa, a ave abriu suas enormes asas de repente e, grasnando como uma águia, alçou voo. Subia cada vez mais alto. Ela nunca mais voltou. Fim. No final do livro conta-se que esse autor foi um missionário e pedagogo nascido em 1875 em uma cidade de Gana, chamada Anomabu. Portanto é uma história sobre o ser diferente, um ser que ainda não sabe de sua missão na vida ou de seus dotes até que um dia encontra alguém que o enxerga como ele realmente é. Bárbaro.

Todo processo terapeutico é isso também. Assim como algumas pessoas que encontramos na vida e que tem a sensibilidade de iluminar nossos dons adormecidos. Isso aí!

Por Ana Lúcia Brandão

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Conta-Reconta: "Meu guarda-chuva amarelo"

História Original: Meu guarda-chuva amarelo
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

MEU GUARDA-CHUVA VERMELHO
Quando eu entrei na escola, minha mãe comprou um guarda-chuva e uma capa de chuva vermelhos para mim.
Ela tinha igual só que azul.
Ela ia me buscar a pé de guarda-chuva e capa. Achava mamãe tão bonita e era tão bom ter a certeza de ver o rosto dela me esperando na saída da escola todos os dias...
Afinal, eu saia cheia de novidades para contar e a queria junto de mim para compartilhar.

Os guarda-chuvas, azul no alto e vermelho no baixo, abertos, ouviam nossas histórias e nos protegiam de todo e qualquer dia de muita chuva, enxurrada para ser pulada ao atravessar as ruas e ladeiras, algumas quadras de muita alegria passadas juntas, as duas.
Vermelho e azul sempre foram as cores que mamãe escolheu para nós duas.
Aos quatro anos ela comprou um poncho vermelho para mim e o dela era azul turquesa.

Tempo fora do tempo.
Não foi à toa que escolhi para meu quarto reformado aos dez anos uma colcha e cortinas azuis. Assim eu passava da fase vermelha e rosa e entrava na fase azul de mamãe.

Anos mais tarde, descobri que Picasso teve em sua pintura a fase azul e a fase rosa.
Mamãe adorava a obra de Picasso e pendurou no meu quarto quando bebê uma réplica do quadro menino com um pombo. Sempre que o vejo, me lembro dela e de nossos passeios juntas, com ela de azul.


Por Ana Lúcia Brandão

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Os olhos da boneca

Mariana devia ter seus 9 anos.
Em um dia desses, em meio as brincadeiras,
Num tempo, logo após o Natal...
Teve um pensamento...
Teve um desejo...
Foi assim... quase como uma luz que surgiu em sua mente.


QUERIA UMA BONECA QUE FOSSE GENTE DE VERDADE
que pudesse cuidar de verdade...
não queria mais só brincar de faz-de-conta.

Ela estava muito triste.
Estava chorando, trancada no banheiro.
Ela tinha nas mãos a boneca que ganhara no Natal.
Era o seu bebê de borracha, que tomava mamadeira e molhava a fraldinha.
Última novidade em bonecas!!!
O Papai Noel tinha trazido.

Ela tinha sonhado tanto com aquele bebê...
Ele tinha durado tão pouco tempo!!!

Sua tristeza era enorme.
Lembra ainda da cena, que acabara  de acontecer.
Estava brincando no quintal, com seu bebe deitado no bercinho.
Quando o cachorro o encontrou e achando que também podia brincar...
saiu com ele na boca, no meio dos dentes.
Foi um custo resgatar o boneco!!!

Ela ainda sentia o tremor que invadira seu corpo...
ao receber de volta seu bebe...das garras do cachorro,
sem saber ao certo o que tinha acontecido.

A borracha tinha resistido...
mas o bebe tinha ficado para sempre sem aqueles seus os olhos azuis!!
Foi com essa grande tristeza que Mariana se trancou no banheiro naquele dia.
Só se acalmou depois que teve aquela  ideia: um dia iria ter um bebe de verdade!!  

Mariana, brincou com seu bebe de boracha por muitos e muitos anos...
Com aquele seu boneco tão desejado, que tinha ficado sem os olhos.

Mariana toda vez que olhava pra ele imaginava
que ele tinha olhos de verdade...
aproveitava assim e imaginava  o dia que teria seu bebê de verdade!!!

Por Suely Laitano Nassif

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Segredos da poesia e do romanceiro popular

Resenha sobre o livro: "Contando histórias em versos" - Bráulio Tavares - Editora 34
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Contando histórias em versos" é uma obra que resultou de um curso que Bráulio Tavares ministrou no teatro Brincante de São Paulo. O autor é ficcionista, dramaturgo e poeta. Desenvolve grande parte de seu trabalho nos gêneros do cordel e da música popular, como letrista.

Sendo profundo conhecedor do assunto, Braulio apresenta clareza e objetividade na organização da obra, que foi dividida em três partes: na primeira, ele discorre sobre os elementos que constituem a linguagem poética, tais como o ritmo, as rimas, os vários tipos de verso, as formas fixas, os esquemas métricos, o jogo das idéias e das imagens. Como exemplos, usa a obra de poetas que vão de Gonçalves Dias a João Cabral de Melo Neto.

Na segunda parte, o leitor recebe esclarecimentos sobre a poesia narrativa. Tavares analisa textos de várias tradições literárias, propondo que se observem seus elementos essenciais como a ação, a descrição, os diálogos e a narração.

Na última parte, o autor se dedica ao romanceiro popular brasileiro, herança ibero-portuguesa que adquiriu forma, temas e assuntos próprios na nossa terra. Essa infindável tessitura de histórias que vem se formando desde o século 16 e que se espalhou por todo nordeste brasileiro graças a literatura de cordel é assunto que Tavares conhece em toda sua variedade e riqueza.

Trata-se de um livro ótimo para ser trabalhado em sala de aula, seja em língua portuguesa ou ainda num trabalho interdisciplinar com história do Brasil para alunos do Ensino Fundamental II.

Ana Lúcia Brandão

Fonte:
Contando histórias em versos
UOL Educação - Resenhas - 10/04/2008